Conheça a história de 5 personalidades LGBTQIA+ femininas e suas transformações na área de STEM
- Cailane Gois
- 4 de jun. de 2023
- 3 min de leitura

Por Mariana Pires
Audrey Tang:

Audrey, pessoa não binária de identidade feminina, ocupa desde 2016 a cadeira de ministra Digital de Taiwan, onde lidera projetos de transparência de dados e colaboração entre governos, empresas e cidadãos. Seu maior objetivo é tornar dados federais acessíveis à população geral.
Com um interesse em programação de longa data, ela criou a sua primeira linguagem de computação, a Pearl 6, aos 12 anos de idade.
Audrey utiliza seu conhecimento aliado a seus princípios anarquistas para revolucionar a política de forma estrutural: ela se recusa a dar ou receber ordens e pratica a transparência radical, deixando públicos todos os detalhes de seu trabalho.
Como a única ministra transexual do mundo, Audrey relata que ser uma pessoa trans não binária a ajuda em seu trabalho ao simpatizar com comunidades diversas, ao invés de apenas uma ou outra.
2. Carolyn Bertozzi

Professora da Universidade de Stanford e ganhadora do Nobel de Química em 2022 pelo seu trabalho como bioquímica, Carolyn é uma mulher lésbica e admite sempre arranjar tempo para ir a conferências sobre gênero e sexualidade na ciência.
O enfoque do trabalho de Carolyn está em entender como a forma que o corpo processa o açúcar pode indicar a presença de doenças.
A própria, quebrou recordes: se tornou uma das mais jovens cientistas a receber a MacArthur Fellowship, uma prêmio para pesquisadores excepcionalmente criativos e talentosos, além de ser a primeira mulher a receber o Lemelson-MIT, o maior prêmio em dinheiro para cientistas nos EUA.
3. Nergis Mavalvala

Além de mulher natural paquistanesa, um país religioso e conservador, e imigrante nos Estados Unidos..Nergis é uma mulher lésbica que integrou o time do Observatório LIGO, responsável por provar que Einstein estava errado ao descobrirem que é possível observar as ondas gravitacionais que ele previra há séculos.
Nergis insistiu à imprensa do seu país para que não escondessem a sua sexualidade; o objetivo era mostrar que cientistas conseguem alcançar resultados incríveis, não importando gênero, sexualidade e nem de onde eles vêm.
4. Florence Nightingale

Enfermeira especialista em estatística e ucraniana, Nightingale foi a responsável pelo diagrama que revolucionou a forma que a medicina lidava com a morte na guerra, o diagrama de Florence Nightingale que ilustrou que a maioria das mortes de soldados na guerra da Crimeia, em 1857.
Seu diagrama enfatizava que 88% das mortes no contexto estavam associadas a infecções e outras complicações causadas pela falta de higiene em hospitais onde soldados eram internados e não devido ao confronto em si.
Florence era uma mulher lésbica que, mesmo numa época mais conservadora, não temia assumir a sua sexualidade.
5. Sally Ride

A bordo da nave espacial Challenger, em 18 de junho de 1983, Sally se tornou a primeira astronauta mulher americana (e lésbica) a chegar ao espaço. Formada em Física e Inglês pela Universidade de Stanford, Ride foi uma das 8 mil mulheres que responderam a um anúncio da NASA para selecionar o primeiro grupo de astronautas femininas do programa espacial norte-americano em 1978.
Após o acidente do STS-51-L, que destruiu a Challenger, o projeto do programa espacial americano foi parado por quase três anos e então, ela resolveu se tornar professora de física na Universidade da Califórnia, buscando ajudar mulheres e meninas que gostariam de estudar ciência e matemática e dirigiu o Instituto Espacial da Califórnia.
Até a sua morte, em Julho de 2012, Ride continuou a ajudar estudantes (especialmente mulheres) a estudarem ciência e matemática. Ela escreveu livros de ciência, além de fundar a Sally Ride Science, uma organização sem fins lucrativos que almeja desenvolver futuros cientistas.
Referências
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